O livro Clavis Inferni, ou A Chave do Inferno, escrito por Cipriano e datado do final do século XVIII, mostra como livros de encantos não são coisas apenas de filmes e séries como Harry Potter ou O Mundo Sombrio de Sabrina. A obra foi escrita em latim, hebraico e em um alfabeto cifrado criado pelo ocultista Cornelius Agrippa. Além disso, conta com ilustrações de criaturas fantásticas e anjos.
O autor
O conteúdo
Livro é repleto de símbolos cifrados. (Fonte: Wellcome Collection)
A tradição das diversas vertentes do ocultismo é que o conteúdo dos seus livros não seja aberto a todos. Apenas alguns escolhidos seriam dignos de conhecer os segredos da magia. Assim, não é de se espantar que os escritos de A Chave do Inferno sejam cifrados.
O conteúdo do livro é repleto de símbolos indecifráveis, imagens misteriosas e trechos que invocam espíritos. Há, por exemplo, a invocação de espíritos ligados às direções cardeais.
Maymon - o pássaro negro e rei do sul. (Fonte: The Appendix)
Outro trecho interessante é composto de sinais alquímicos, hebraicos e gregos circundando um dragão que engole um lagarto. Logo abaixo do dragão é possível ver uma espada e um galho que fazem referência ao poder de Deus de criar e destruir tudo.
Trecho mistura símbolos alquímicos, gregos e hebraicos. (Fonte: Slate)
Em outro trecho, a imagem ilustra uma passagem do Livro do Apocalipse da Bíblia que descreve uma figura cercada por sete castiçais, cuja cabeça e cabelos eram brancos como lã e os olhos eram como chamas. De acordo com a Wellcome Library, museu que guarda o Clavis Infernis, esse trecho se refere ao arcanjo Metatron. Já Benjamin Breen aponta que pode ser um retrato da segunda vinda de Cristo devido à referência aos versículos do Apocalipse.
Postar um comentário